segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mais informações sobre a gordura nossa de cada dia.


Pesquisando ainda sobre percentual de gordura e a ingestão da mesma encontrei essa reportagem interessante da revista veja:

"Os primeiros algozes da gordura foram grandes escritores. Quatro séculos antes de Cristo, o grego Aristófanes, autor de comédias magníficas, transformou Dioniso, deus do vinho e da alegria, num personagem que expressa seu lado patético por meio da glutonaria e de um barrigão. No século XVI, o inglês William Shakespeare colocou na boca de Júlio César versos que retratavam os homens gordos como destituídos de energia e pouco inteligentes. No início do século XX, o russo Vladimir Maiakovski ideologizou a obesidade ao transformá-la em característica inerente à burguesia predatória e insensível. Ao ser transposto para a realidade, o tipo literário virou um estereótipo – que é incessantemente reforçado numa época em que os modelos de beleza são o homem musculoso e a mulher quase anoréxica. Gordura, claro, não tem relação com personalidade, inteligência ou disposição para o trabalho, ao contrário do que acreditam empresas americanas que andam discriminando gente obesa. Infelizmente, porém, excesso de gordura tem a ver com pouca saúde. É uma grande ameaça à vida. Está associado a males cardíacos, hipertensão, diabetes, colesterol alto, pedras na vesícula, apnéia do sono, problemas de coluna e até a algumas formas de câncer.

A medicina pôs a gordura no banco dos réus no início da década de 50, quando pesquisas demonstraram pela primeira vez como o excesso de tecido adiposo sobrecarregava o coração. O paradoxo é que, apesar de todas as condenações, as pessoas estão cada vez mais gordas. Nos Estados Unidos, a obesidade se transformou em epidemia. E, no Brasil, segue-se pelo mesmo caminho. De cada dez brasileiros adultos, quatro estão acima do peso. A gordura vitima ricos e pobres, todos unidos por uma alimentação excessivamente calórica, típica da sociedade industrial. Entre os mais abastados, há ainda uma agravante: os confortos tecnológicos que aumentam a propensão natural ao sedentarismo. Televisão e aparelho de som com controle remoto, telefone sem fio, carro, elevador – tais facilidades fazem com que as pessoas se exercitem menos no seu dia-a-dia e, conseqüentemente, acumulem mais gordura.

Gordos e magros têm o mesmo número de células adiposas distribuídas por quase todo o corpo: 25 bilhões. A diferença é que, entre os primeiros, essas células apresentam-se mais infladas, seja por carga genética, seja pelo alto consumo de calorias. Caloria, aliás, é uma palavra que entrou para a linguagem popular, mas quase ninguém sabe o que significa exatamente. Trata-se de uma unidade de medida. Uma caloria é, grosso modo, a quantidade de energia necessária para elevar em 1 grau Celsius 1 grama de água. Pois bem, cada célula do organismo contém o que seria uma usina encarregada de transformar substâncias provenientes de alimentos em energia. Massas, pães e carne vermelha, por exemplo, são grandes fontes energéticas (ou calóricas). A energia que não é utilizada pelo corpo é estocada continuamente nas células adiposas sob a forma de gordura. Se esse processo é muito intenso, o desgaste celular é maior, propicia o aparecimento de doenças e diminui a expectativa de vida.

O tecido adiposo é uma reserva essencial e sua proporção correta foi estabelecida pelos médicos. No caso das mulheres, ele deve totalizar de 9% a 20% da massa corporal. No dos homens, o mínimo é de 8% e o máximo de 18%. A maneira mais fácil de medir a quantidade de tecido adiposo é pela relação entre peso e altura. Já para verificar como a gordura se distribui pelo corpo, basta dividir o tamanho da circunferência da cintura pela do quadril. Dependendo das características dessa distribuição, os riscos podem ser maiores. As células adiposas mais perigosas são aquelas que se depositam no abdome. Recebem o nome de gordura visceral e são as maiores responsáveis pelo entupimento de artérias.

O excesso de tecido adiposo é, na maioria das vezes, fruto de uma dieta errada, baseada no consumo exagerado de carboidratos e comidas gordurosas. Mas há gorduras e gorduras. As mais nocivas e engordativas são as saturadas. De origem animal, elas se depositam com mais facilidade justamente na região abdominal e aumentam os níveis de colesterol ruim. São abundantes nas carnes vermelhas, nos queijos amarelos, na manteiga e nos ovos. O segundo grupo é o das poliinsaturadas, presentes nos peixes, no amendoim e nos óleos de soja e milho. E o terceiro, das monoinsaturadas, encontradas nos azeites de oliva e canola. Quando não consumidas em excesso, as poliinsaturadas e monoinsaturadas fazem bem. Entre seus benefícios, está o de aumentar as taxas de colesterol bom."

Achei a reportagem interessante e esclarecedora.
Segue o link da reportagem na íntegra:
http://veja.abril.com.br/especiais/saude/p_048.html
Por hoje é só.

Ah, corri 40 minutos a velocidade 8.0 ontem (domingo a noite) e hoje fiz mais 40 min. Estou tão orgulhosa, rsrs.
Até mais.

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